Com a descoberta de uma gravidez, toda família se vê ansiosa pelo
nascimento do bebê. No entanto, a euforia acaba dando lugar à
preocupação, quando o novo integrante acaba nascendo antes da
hora. Pela aparência frágil e pequena, a prematuridade do bebê
pode causar aflição e medo aos familiares, que ainda não estão
preparados para lidar com essa nova realidade.
Somente no Brasil, nascem cerca de 340.000 prematuros por ano, o
equivalente a 931 bebês prematuros ao dia*. Vale ressaltar que,
nos últimos anos, o tratamento para prematuridade se desenvolveu
muito, consequentemente, elevando muito a sobrevida de bebês.
Quais os tipos de bebês prematuros
• Prematuro tardio
O prematuro tardio é aquele nascido entre
34 e 36 semanas. O bebê que nasce nesse período, apesar de
imaturo, já tem quase todas suas funções vitais preparadas, mas
ainda pode apresentar alguma dificuldade na respiração, distúrbios
metabólicos e outros mais leves.
• Prematuro moderado
O bebê em prematuridade moderada nasce
entre 29 a 33 semanas de gestação. Nesse caso, seu sistema
respiratório ainda não está totalmente desenvolvido, assim como o
sistema nervoso central. Ele pode apresentar dificuldades ao
coordenar a respiração, como a sucção para mamar e ainda
necessitar suporte respiratório. Além disso, apresenta
dificuldades em manter a temperatura ideal de seu corpo.
• Prematuro extremo
Já o prematuro extremo, nascido até 28
semanas, é o que apresenta organismo mais imaturo. Por esse
motivo, é necessário um número maior de intervenções, como suporte
respiratório, nutrição adequada, aquecimento, umidificação e
atenção especializada para que o bebê consiga desenvolver-se em
seu tempo, com qualidade de vida. Órgãos como pulmão, coração,
rim, entre outros, ainda não estão completamente desenvolvidos,
motivo pelo qual torna-se a atenção ainda mais especial. O suporte
a esse tipo de prematuro também envolve a preparação e introdução
da amamentação quando chegar a 34 semanas, uma vez que só a partir
desse período o bebê terá maturidade para sugar e deglutir
coordenadamente sua alimentação.
O bebê a termo é aquele com 37 semanas ou mais, que apresenta
funções e organismo preparados para a vida fora da barriga da mãe,
sem a necessidade de intervenções após o nascimento. Em
contrapartida, o prematuro é aquele que nasce com menos de 37
semanas.
Quais são as possíveis causas da prematuridade?
São muitas as causas que levam a gestante a ter um parto
prematuro. Esses fatores podem variar entre fatores que envolvem
idade materna, hábitos como tabagismo, ingestão de bebida
alcoólica, má alimentação e uso de drogas ou medicamentos. Além
disso, também são apontadas como causa: doenças obstétricas e
ginecológicas, que podem ser evitadas ou controladas com um
acompanhamento pré-natal de qualidade. Veja as causas mais comuns
no parto prematuro:
• Rotura prematura da bolsa amniótica;
• Incompetência do
colo uterino;
• Infecção uterina;
• Descolamento de
placenta;
• Pré-eclampsia;
• Anemia;
• Doenças
como tuberculose, sífilis, infecção renal;
• Uso de drogas
ilícitas e bebidas alcoólicas;
• Diabetes gestacional;
• Gravidez de gêmeos ou mais bebês;
• Malformação fetal;
• Fertilização in vitro;
• Esforço físico intenso;
•
Miomas uterinos;
• Cesariana anterior;
• Presença de
estreptococos do grupo B;
• Vaginose bacteriana;
• Hipertensão materna.
Como prevenir a prematuridade?
Observando as principais intercorrências maternas e fetais que
podem levar ao parto prematuro, caso não diagnosticadas e não
tratadas logo no início e fatores que podem desencadear um parto
prematuro espontâneo, é possível acompanhar a gestação e
reconhecer de forma precoce gestantes com risco de parto prematuro
por meio de assistência pré-natal.
Assim sendo, além do acompanhamento pré-natal indispensável, caso
perceba algo de errado, algumas medidas de prevenção podem ser
realizadas o quanto antes, como:
• Repouso;
• Ingestão de progesterona;
• Medicamentos
para combater as possíveis causas;
• Cerclagem do colo
uterino ou pessário cervical;
• Medicações que estimulem o
desenvolvimento da maturidade pulmonar do bebê e neuroproteção.
Consulte seu médico para mais orientações.
Desenvolvimento do prematuro após a alta
Os pais, assim como demais familiares, frequentemente têm diversas
perguntas após uma longa permanência do bebê no hospital. Seu
desenvolvimento será normal? Ele vai falar no tempo certo? Vai
andar na hora certa? Mesmo com tantas dúvidas, é preciso lembrar
que muitos bebês que nasceram prematuros vão crescer e se
desenvolver sem nenhum problema de saúde. Entretanto, quanto
menores e mais imaturos nascerem, maior será o risco de
apresentarem dificuldades motoras e alimentares. Além disso, podem
ter obstáculos no aprendizado e relacionamento social, em ambiente
escolar. Para auxiliá-los, os pais e familiares devem lembrar que
cada criança é única e seu tempo é essencial, portanto, deve ser
respeitado. Dessa forma, o acompanhamento e orientação do pediatra
é fundamental para identificar possíveis sinais de atraso no
desenvolvimento da criança.
IDADE CORRIGIDA? O que significa isso?
Um bebê que nasce de 24 semanas, quando faz 60 dias de vida, na
verdade ele terá 32 semanas de idade corrigida. Isso significa
que, apesar dele ter 2 meses de vida, seu comportamento é de um
bebê de 32 semanas de gestação. Por isso, a idade de todo bebê
prematuro deve ser corrigida, porque o desenvolvimento pode ser
diferente do padrão típico de crianças nascidas com idade
gestacional superior a 37 semanas. Essa informação será
utilizada para avaliar corretamente o desenvolvimento físico,
intelectual e comportamental do prematuro.
Equipe e estrutura são fundamentais
A prematuridade desperta diversos sentimentos nos familiares e
pode transformar um momento tão sonhado, como o nascimento, em
situações de insegurança e medo. Para que isso seja evitado,
escolher a melhor equipe e estrutura hospitalar é fundamental,
garantindo acompanhamento integral, que possa manter a gestação ao
ponto máximo com segurança, cuidar do bebê prematuro de forma
especializada e humanizada, e levar tranquilidade e apoio a
família, além de orientá-la em todas as fases necessárias.
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